O glúten é uma proteína encontrada em produtos com trigo, aveia, centeio, cevada e malte em sua composição. Além disso, mesmo que um produto não contenha glúten, pode ter sido embalado no mesmo maquinário de um produto que o contenha e, dessa forma, deixa de ser permitido para celíacos devido à contaminação cruzada. Por isso, a leitura de rótulos é primordial para celíacos e intolerantes.
Os sintomas apresentados pelos celíacos são diversos e muito desagradáveis. Veja quais são e fique atento ao tratamento.
O glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a digestão e a absorção dos alimentos. A má absorção torna-se um problema sério que resulta em perda de vitaminas, de minerais e de calorias.
Seus sintomas vão desde problemas digestivos, como distensão abdominal, flatulência e prisão de ventre, até enxaqueca, dificuldade de concentração, fadiga crônica, problemas de pele, dores musculares e articulares.
A doença ainda não possui cura identificada, portanto, o tratamento que consiste em dieta isenta de glúten é mandatória para a ausência dos sintomas e essencial para manter a qualidade de vida.
Mas, além dos celíacos, quem mais precisaria excluir o glúten da alimentação?
Existem pessoas que são sensíveis ou intolerantes ao glúten. Elas não têm doença celíaca, mas o seu corpo tem certa dificuldade em digerir o glúten e isso afeta a função normal do organismo.
A hipersensibilidade pode estar relacionada à quantidade e à frequência com que ingerimos alimentos com glúten. Se avaliarmos nossa alimentação, consumimos glúten praticamente em todas as refeições. Biscoitos, bolos, massas e iogurtes, por exemplo, possuem glúten em sua composição.
Além disso, a intolerância pode ser desencadeada por uma microbiota intestinal desequilibrada. Temos bactérias boas e ruins em nosso intestino, que precisam estar em equilíbrio. Quando as bactérias ruins estão em maior número, temos mais chance de desenvolver a sensibilidade ao glúten. Nesses casos, além de dieta sem glúten, é sugerido o uso de suplementos de probióticos, ou seja, de bactérias boas que vão recolonizar a microbiota intestinal.
Nesses casos em que não há doença celíaca, mas pode haver uma sensibilidade maior, é proposta uma dieta sem glúten em um período de 15 a 40 dias para avaliar se os sintomas desagradáveis desaparecem. Se, após esse período, algum alimento com glúten for consumido e os sintomas reaparecerem é adequada a retirada do glúten.
O glúten não é um nutriente essencial para a saúde e a sua exclusão da dieta não causa prejuízos identificados atualmente.
Para seguir a dieta sem glúten, podemos substituir o trigo, a aveia, o centeio e a cevada por arroz integral, trigo sarraceno, quinoa, amaranto, soja, milho, tapioca, além de tubérculos como batata, batata-doce, mandioca e inhame.
A oferta de produtos sem glúten está cada vez mais em alta. As opções são diversificadas e os produtos estão mais saborosos e parecidos com os tradicionais. É possível encontrar pães, torradas, cookies, bolos, pães de mel, barras de cereal, granolas, além de macarrão, massa de lasanha, pizza e até panqueca.
Dica: lembre-se sempre de que a leitura do rótulo se faz necessária para identificar a ausência de glúten nos produtos. Além de que alguns medicamentos podem ser uma fonte insuspeitada de glúten, contido nos excipientes e/ou nas cápsulas de revestimento.
Como essas doenças causam diversas alterações na absorção de nutrientes e na qualidade de vida é imprescindível que bons hábitos alimentares como os listados a seguir sejam mantidos: mastigar bem os alimentos, evitar a ingestão de líquidos durante as refeições, pois pode prejudicar o processo de digestão, e diminuir o consumo de alimentos refinados e industrializados.
Dicas para substituir alimentos com glúten:
- No café da manhã, troque pão, biscoitos ou bolos pela famosa tapioca com recheios leves ou mesmo por produtos sem glúten, como torradas, biscoitos, pães e cookies.
- Nos lanches, frutas e iogurtes podem ser acompanhados de granolas sem glúten. Barras de cereal sem glúten e frutas secas também são boas opções.
- No almoço e no jantar, o macarrão pode ser feito de arroz, de milho ou de quinoa.
» Procure sempre um profissional de saúde para obter orientação especializada.
Créditos: Conteúdo publicado no site da loja Mundo Verde.